quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Um castigo que não castiga




Depois de há cerca de 6 meses ter sido instaurado um processo disciplinar ao treinador do SL Benfica por declarações que colocaram em causa a honestidade do árbitro assistente presente no jogo SL Benfica vs FC Porto - Ricardo Santos -, o CD da Federação Portuguesa de Futebol decidiu - três votos contra e dois a favor - castigar o treinador com 15 dias de suspensão e uma multa de 1500 euros.
Tendo em conta que estamos em Portugal e, por isso, habituados a que as decisões para este tipo de assuntos se arrastem durante muitos meses, o caso até não seria de estranhar não fosse o facto de a Liga Profissional de Futebol estar "suspensa" para compromissos das selecções nacionais durante o período do castigo aplicado a Jorge Jesus.
Convenhamos que suspender um treinador de futebol por castigo numa fase em que a competição está parada é no mínimo absurdo, incompreensível e, até mesmo, imprudente. Se muitas vezes critico os dirigentes dos clubes pelo péssimo comportamento que apresentam, devo agora dizer que os senhores que tomam este tipo de decisões também não ajudam muito à "festa" do nosso futebol. Não teria sido muito mais simples e coerente absolver o treinador em causa?


Com castigo ou sem castigo, o certo é que este tema vai servir para mais uma escusada guerra entre os dois maiores clubes de Portugal e, desta vez, os culpados são aqueles que mais deveriam contribuir para o bem estar do futebol nacional.



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