À terceira não foi de vez

CS MARÍTIMO vs SPORTING CP (1-1)

Ao contrário do que diz a sabedoria popular, à terceira não foi de vez e o Sporting CP voltou a tropeçar. Depois de quinze dias de paragem e embalados por um excelente resultado europeu - vitória por 5-0 frente ao AC Horsens -, previa-se um Sporting CP bem mais confiante e audaz do que em jornadas anteriores, mas a verdade é que os leões voltaram a não mostrar futebol de candidato e, apesar de jogarem num terreno historicamente difícil, os adeptos esperavam uma exibição de maior garra e acima de tudo uma equipa sem medos que conquistasse a primeira vitória na liga 2012/2013. No final, nada disso aconteceu.

O jogo dos Barreiros até foi animado e bem disputado - a espaços - com superioridade alternada entre ambas as equipas. A primeira parte foi marcada por um enorme equilíbrio, com o Sporting CP a tentar assumir o jogo e o SC Marítimo a responder perigosamente com o jogo muito veloz dos seus alas. Ainda assim, apesar do ritmo interessante a que o jogo se disputava, as verdadeiras oportunidades de golo era escassas e não admira que o intervalo tenha chegado com o marcador a zero. 

Na segunda parte o jogo mudou um bocadinho, muito por causa de uma entrada forte e destemida dos leões, que nessa altura foram superiores e começaram a justificar a vantagem à qual chegaram no minuto 55 por intermédio de Wolfswinkel, que respondeu da melhor forma a uma assistência perfeita de Izmailov. O Sporting CP sentiu positivamente o golo, cresceu no jogo, dominou e só não aumentou a vantagem porque a finalização voltou a não ser o forte da equipa de Sá Pinto.

De repente, quando não se esperava, o SC Marítimo esboçou uma reacção e o Sporting CP tremeu, recuou, e começou a ceder não conseguindo manter posse de bola - a troca de Adrien por André Martins só agravou a situação. O SC Marítimo percebeu a atitude do adversário e partiu à conquista do empate que Rui Patrício foi evitando, até que sobre o final do encontro, numa altura em que Sá Pinto já esfregava as mãos de contente e se preparava para levar três pontos para Alvalade, João Guilherme marca na perfeição um livre directo ao qual nem mesmo Patrício conseguiu responder. O defesa Brasileiro colocou um ponto final no resultado e deu um sentimento de justiça ao coração dos madeirenses, contrastando com a fúria e desilusão de Sá Pinto no banco dos leões.

O Sporting CP voltou a cometer os mesmos pecados das primeiras jornadas. O meio campo continua lento, previsível e com falta de magia - Elias e Gelson lado a lado não funcionam. Sá Pinto continua a ignorar Labyad o que me parece um erro tremendo. 

O  SC Marítimo, embora com menos fulgor do que no ano passado, continua muito seguro, bem organizado e a jogar bom futebol. Neste jogo a equipa de Pedro Martins soube dar o favoritismo ao adversário, entregar-lhe a condução do jogo e responder da melhor forma, explorando a velocidade dos seus jogadores - principalmente os seus alas.