sábado, 29 de setembro de 2012

Reis do Minho



VITÓRIA SC vs SC BRAGA (0-2)

No estádio D. Afonso Henriques, Vitória SC e SC Braga protagonizaram um belo jogo de futebol, devidamente acompanhado pelo fantástico ambiente que os adeptos das duas equipas são capazes de criar. 

O Vitória SC é uma equipa onde se nota a existência de qualidade, mas que demonstra ser - ainda - demasiado verde e inexperiente na forma como aborda determinados momentos do jogo. Já o SC Braga apresenta outro tipo de maturidade e até mesmo qualidade. A equipa de José Peseiro, que se voltou a mostrar bastante adulta, tem ao seu dispor opções que, em consequência da actual realidade económica de ambos os clubes, não estão ao alcance do seu adversário. Não espanta por isso que o SC Braga, embora ligeiramente surpreendido pela irreverência e vontade dos vimaranenses na primeira parte, tenha estado quase sempre por cima, num jogo que acabou por vencer com toda a justiça.

Num jogo importante, não só pelos três pontos em causa, mas também por toda a rivalidade entre os dois clubes minhotos, o Vitória SC entrou com muita vontade de vencer a partida, mas pela frente tinha um SC Braga superior em qualidade e com jogadores bem mais experimentados nestas andanças. O ímpeto da equipa da casa foi esbarrando num visitante bem organizado e sempre tranquilo, que aos poucos foi crescendo no jogo, ditando o ritmo que pretendia e mostrando o porquê de hoje em dia estar num patamar acima do seu rival. A equipa de Rui Vitória mostrou-se demasiado inexperiente e tornou-se presa fácil para o talentoso e adulto meio campo do SC Braga. A estratégia do Vitória SC  foi servindo apenas para adiar o quase inevitável golo da equipa visitante. 

Se na primeira parte o Vitória SC ainda deu um ar da sua graça, a segunda começou com o SC Braga a procurar resolver cedo o jogo, para poder gerir o esforço físico dos jogadores para a importante segunda jornada da Champions League. Éder percebeu bem a ideia e fez questão de, logo aos 10 minutos, mostrar que a pontaria continua afinada. O SC Braga dominava por completo o jogo e colocava-se na frente do marcador. Por muito que tentasse, o Vitória SC não conseguia incomodar a equipa de José Peseiro e ao 65 minutos com a entrada de Rúben Micael, perdeu por completo o jogo para os bracarenses. Ia faltando força e qualidade para que a equipa da casa pudesse contrariar os objectivos dos visitantes. Com o jogo completamente controlado, o SC Braga fechou o resultado já perto do fim com um golo de Hugo Viana - assistência de Rúben Micael -, colocando o resultado num justo 0-2. Ao fim de seis anos o SC Braga voltou a vencer para a liga na casa do seu eterno rival - a última vitória tinha sido na época 2005/2006.


Valeu Lima



PAÇOS FERREIRA FC vs SL BENFICA (1-2)


Paços de Ferreira e SL Benfica, pareciam vir dispostos a dar um bom espectáculo de futebol na abertura a jornada. O jogo na Mata Real começou  bem mexido e com as equipas a tentarem impor o seu futebol, mas de repente, quando estavam decorridos apenas 6 minutos de jogo, todo o estádio ficou às escuras. Apagão em Paços de Ferreira. E poderia haver melhor forma de descrever o que se viria a passar depois? De certeza que não.


Depois de alguns minutos à espera de condições para retomar a partida, o jogo entre FC Paços de Ferreira e SL Benfica recomeçou da mesma forma que tinha "terminado". Os homens da casa fortes e rápidos no contra-ataque e os visitantes a apostar na mobilidade ofensiva para chegar ao golo. A equipa de Paulo Fonseca adiantou-se no marcador, num excelente lance de ataque concretizado por Cícero e na resposta, Lima aproveita uma clamorosa falha do guarda-redes Cássio para empatar novamente o jogo. Pareciam reunidas todas as condições para um grande jogo de futebol, mas de repente, e tal como tinha acontecido com a iluminação da Mata Real, também a qualidade do jogo se apagou. 

A partir daqui, e estavam decorridos apenas 20 minutos de jogo, assistiu-se a uma partida de futebol mal jogada, lenta, sem imaginação por parte dos seus protagonistas e tremendamente aborrecida para quem estava a assistir. A equipa de Jorge Jesus, que já havia perdido pontos na jornada anterior, fez questão de "pegar" no jogo e ditar o seu ritmo, mas fazia-o sem criar grande perigo para a baliza da equipa da casa - excepção feita aos erros do guarda-redes Cássio. O ataque encarnado bem tentava mexer com o jogo, mas a sua previsibilidade - principalmente de Nolito -  condenava as intenções a morrer na muralha defensiva do FC Paços de Ferreira, que abanava mas teimava em não cair.

Na segunda parte, e com a entrada do argentino Gaitan para o lugar de Nolito, o futebol do SL Benfica teve uma ligeira melhoria - coincidente com o descalabro total do FC Paços de Ferreira - e a equipa de Jorge Jesus ganhou um pouco mais de objectividade. Os encarnados foram, a pouco e pouco, crescendo no jogo mas iam falhando, uma atrás de outra, todas as oportunidades que conseguiam criar. Por esta altura já FC Paços Ferreira tinha desaparecido e limitava-se a defender com unhas e dentes o empate. O problema é que até isso fazia mal e mostrou-o aos 71 minutos numa falha enorme que "ofereceu" novo golo a Lima e a vantagem ao SL Benfica. 

Aqueles que, a partir deste momento, esperavam uma melhoria na qualidade do jogo, ficaram profundamente desiludidos. O FC Paços de Ferreira continuou a não saber atacar com qualidade e o SL Benfica continuou a dominar a partida e a falhar as oportunidades que criava. O jogo arrastava-se para o fim, perdendo qualidade - a pouca que ainda tinha - a cada minuto que passava e apenas o recuo excessivo das linhas encarnadas permitiu alguma emoção nos últimos minutos de jogo, altura em que Artur, com uma enorme defesa, segura a vitória da sua equipa. O SL Benfica foi um justo vencedor numa partida em que, apesar de não ter feito um grande jogo, foi sempre superior a um adversário que mostrou muita garra e determinação - como aliás é sua imagem de marca -, mas a quem faltou tudo o resto. 


sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Parabéns



Cento e dezanove anos depois de ter sido fundado por António Nicolau d'Almeida, o FC Porto é um dos mais prestigiados clubes do Mundo. Fundado por este comerciante de vinho do Porto sob o nome de Foot-Ball Club do Porto, o clube esteve durante cerca de treze anos em "stand-by" a pedido da esposa do fundador. Foi em 1906 que, juntamente com José Monteiro da Costa, António Nicolau d'Almeida retomou as actividades do clube, equipando os seus atletas com a cor da bandeira nacional, que naquela época era azul e branca. 

Ao longo dos seus 119 anos de história, o FC Porto tornou-se num dos clubes mais respeitados do Mundo. Os portistas são donos de um palmarés invejável  que contém mais de setenta troféus oficiais - só no futebol -, entre os quais estão sete troféus internacionais - duas Ligas dos Campeões Europeus, duas Taças Uefa, duas Taças Intercontinentais e uma Supertaça Europeia -,  que fazem dos dragões a equipa portuguesa com mais títulos oficiais conquistados. A equipa liderada por Jorge Nuno Pinto da Costa há três décadas, é mesmo a mais conquistadora da Europa no Séc. XXI - vinte e seis títulos.

O crescimento do FC Porto nas últimas décadas, principalmente a partir dos anos 80, foi de tal forma, que a equipa da cidade invicta conseguiu impor-se perante os seus principais adversários - SL Benfica e Sporting CP - e tem dominado por completo o futebol português - os dezanove títulos nacionais conquistados nos últimos trinta anos são a prova disso. 


GRANDES FIGURAS


António Nicolau d'Almeida (Fundador do clube)


Nascido em 1873, este negociante de vinho do Porto, apaixonou-se pelo futebol em terras de sua majestade e regressado a Portugal teve a ideia de fundar o Foot-Ball Club do Porto - Setembro de 1893. No ano seguinte, a pedido da sua mulher, o fundador e primeiro presidente do clube decide colocar o seu projecto em stand-by, mas a sua paixão falou mais alto e, juntamente com o amigo José Monteiro da Costa voltou a abraçar o projecto que tinha iniciado anos antes. O FC Porto não mais parou de crescer.


Jorge Nuno Pinto da Costa (Presidente desde 1982)

Jorge Nuno Pinto da Costa é presidente do FC Porto desde 5 de Agosto de 1982. Com um estilo único e um discurso inimitável, o presidente do FC Porto é um homem que gera sentimentos extremos. Amado pelos seus e odiado pelos adversários, a verdade é que Jorge Nuno Pinto da Costa é, muito possivelmente  o maior presidente da história do futebol Mundial. Foi pela sua mão, capacidade de liderança e inteligência que o principal clube da sua cidade cresceu e se tornou naquilo que é hoje. Durante o seu já longo mandato, os dragões conquistaram 56 títulos oficiais - 19 Ligas de Portugal; 12 Taças de Portugal; 18 Supertaças de Portugal; 2 Taças Intercontinentais; 2 Ligas dos Campeões Europeus; 2 Taças Uefa e 1 Supertaça da Europa -, o que faz dele o dirigente com mais títulos conquistados em todo o Mundo.

Mas nem tudo foram rosas no mandato do presidente portista. Em 2004 foi acusado de corrupção e tráfico de influências, tendo sido posteriormente condenado - pela justiça desportiva - a dois anos de suspensão e o seu clube à perda de seis pontos. Apesar das condenações da justiça desportiva, o presidente portista acabou ilibado pelos tribunais civis, de todos os crimes de que foi acusado. De qualquer forma, as noticias, os rumores e as escutas telefónicas que vieram a público, serão sempre uma mancha na brilhante carreira de Jorge Nuno Pinto da Costa e serão sempre uma "arma" usada pelos seus adversários, como forma de minimizar o valor das suas conquistas. 


José Maria Pedroto (Treinador: 1968-1969, 1976-1980 e 1982-1984)

Diz quem o conheceu, que José Maria Pedroto era um homem com um pensamento demasiado avançado para o seu tempo e a verdade, é que o treinador natural de Lamego, que já havia sido um grande jogador de dragão ao peito, cativou toda a gente - jogadores, dirigentes e adeptos - pelos clubes em que passou. José Maria Pedroto treinou o FC Porto durante sete épocas - divididas em três períodos diferentes - e conquistou duas Ligas Portuguesas e três Taças de Portugal, sendo o primeiro treinador a levar o clube da cidade invicta a uma final europeia - Taça das Taças - em 1984, num jogo em que o FC Porto perdeu com a Juventus por 2-1. 

José Maria Pedroto era o braço direito de Pinto da Costa para um projecto ambicioso de tornar o FC Porto num dos clubes mais poderosos do Mundo. Infelizmente, uma doença levou-o demasiado cedo e deixou o "projecto" portista sem um dos seus principais obreiros. Nos seus últimos três anos ao serviço do dragão, Pedroto construiu os alicerces daquilo que viria a ser um grande FC Porto e a presença na final da Taça das Taças de 1984 - disputada cerca e sete meses antes da sua morte - foi o primeiro sinal daquilo que estava a nascer. Muito do FC Porto que mais tarde conquistou a Europa é obra do mestre José Maria Pedroto.


Artur Jorge (Treinador: 1984-1987, 1989-1991, 1994-1996)

Artur Jorge foi o homem escolhido por Jorge Nuno Pinto da Costa para suceder a José Maria Pedroto no cargo de treinador do FC Porto. A escolha não podia ter sido mais acertada. O treinador português, natural da cidade do Porto, criou e conduziu uma das melhores equipas de sempre do clube portista. Sob o seu comando, jogadores como João Pinto, Fernando Gomes, Paulo Futre, Frasco, Jaime Pacheco ou Madjer maravilharam a Europa e conquistaram o primeiro troféu europeu do clube, derrotando o todo poderoso Bayern Munchen na famosa final de Viena. Artur Jorge tornou-se assim no primeiro treinador português da história do futebol a vencer uma prova europeia. 

Além da primeira conquista europeia, Artur Jorge foi ainda responsável pela conquista de seis titulos nacionais pelo FC Porto - três Ligas Portuguesas, duas Supertaças de Portugal e uma Taça de Portugal - o que faz dele uma das incontornáveis figuras do clube. 


José Mourinho (Treinador: 2002-2004)

José Mourinho foi o homem que devolveu os triunfos europeus ao FC Porto. O treinador português, hoje em dia considerado melhor treinador do Mundo, conseguiu a proeza de, em apenas uma época e meia, vencer duas competições europeias, duas Ligas Portuguesas, uma Taça de Portugal e  uma Supertaça de Portugal. José Mourinho é ainda responsável por uma das melhores equipas da história do FC Porto e por lançar para a ribalta jogadores como Deco, Maniche, Derlei, Ricardo Carvalho e Paulo Ferreira. 

Jorge Nuno Pinto da Costa apostou no treinador português - já tinha passado pelo clube noutras funções - para substituir Octávio Machado naquela que foi uma das épocas mais complicadas das ultimas décadas para os dragões. José Mourinho entrou no FC Porto com um discurso que, até à data, não fazia parte da realidade do futebol português. A sua forma de estar no futebol e a frontalidade do seu discurso trouxeram-lhe "má imprensa" e "ódio" dos adeptos adversários. Só mesmo a sua saída para o estrangeiro foi capaz de gerar um consenso e fazer os portugueses admirar aquele que é, sem sombra de dúvidas, o melhor treinador do Mundo.  


João Pinto (Jogador: 1981-1997)

João Pinto é o exemplo perfeito do "jogador à Porto". A entrega, a raça, a atitude, a vontade, a humildade e a paixão são, todas elas sem excepção, qualidades que podemos atribuir ao eterno capitão portista. Natural de Vilar do Andorinho, João Domingos da Silva Pinto fez toda a sua carreira ao serviço dos azuis e brancos. Foram dezasseis anos a servir o seu clube do coração. 

João Pinto esteve presente nas quatro primeiras finais europeias do clube, tendo o privilégio de, como capitão de equipa, ter levantado o troféu de três delas - Liga dos Campeões 1987, Taça Intercontinental 1987 e Supertaça Europeia 1987 -, falhando apenas a Taça das Taças de 1984. No total, João Pinto conquistou 24 títulos oficiais - todos de dragão ao peito - e fez mais de 400 jogos pela equipa principal do FC Porto, tornando famosos alguns episódios em que, contra vontade médica, fazia questão de representar a sua equipa mesmo estando lesionado - ficou famosa a história do dedo partido, da chuteira cortada e da meia pintada de preto para disfarçar.  


Fernando Gomes (Jogador: 1974-1980, 1982-1989)

Conhecido como "Bi-Bota", Fernando Gomes foi um dos mais brilhantes produtos da escola de formação portista. Avançado de eleição, dono de uma técnica apurada e de um sentido de finalização fora de série, Gomes era sinónimo de golos e vitórias para a sua equipa. Ao serviço do FC Porto o avançado fez 298 jogos e marcou 288 golos, que fazem dele o melhor marcador de sempre do clube. Foi por seis vezes o melhor marcador do campeonato português e por duas vezes o melhor marcador da Europa - 1983 e 1985 -, conquistando as duas "botas de ouro" que lhe valeram o famoso apelido.

Ao serviço do FC Porto, Fernando Gomes foi campeão nacional por cinco vezes, venceu três Taças de Portugal, uma Liga dos Campeões Europeus, uma Supertaça Europeia e uma Taça Intercontinental. Depois de, por supostas divergências com a direcção, ter saído do FC Porto e acabado a sua carreira no Sporting CP - ainda marcou 31 golos pelos leões -, Fernando Gomes regressou a casa para colaborar com o clube e hoje em dia faz parte da sua direcção.  


Madjer (Jogador: 1985-1988, 1988-1991)

O argelino Rabath Madjer foi provavelmente o melhor jogador estrangeiro que passou pelo FC Porto. Para além da magia que espalhou pelos relvados com a camisola azul e branca vestida, Madjer ficou famoso, principalmente, pelo fabuloso golo de calcanhar que colocou o FC Porto no caminho da glória, na final europeia de 1987 frente ao Bayern Munchen - ver aqui. Mas esse foi apenas um dos muitos momentos mágicos que lhe saíram dos pés. O argelino era dono de uma técnica fantástica e tinha pormenores deliciosos, apenas ao alcance dos predestinados. 

Ao serviço do FC Porto Madjer conquistou seis troféus oficiais - duas Ligas Portuguesas, uma Taça de Portugal, uma Taça dos Campeões Europeus, uma Supertaça Europeia e uma Taça Intercontinental. O africano vestiu a camisola do FC Porto por 108 vezes e marcou um total de 50 golos de dragão ao peito.   


Vítor Baía (Jogador: 1988-1996, 1999-2007) 

O guarda-redes Vítor Baía foi o mais bem sucedido produto das escolas de formação do FC Porto. Nascido em Vila Nova de Gaia, Vítor Baía entrou no FC Porto ainda em tenra idade e foi ao lado de grandes nomes como Mlynarczyk e Zé Beto que cresceu até se tornar no melhor guarda-redes português. Dono de uma elegância e uma elasticidade impressionantes, Vítor Baía foi durante muitos anos o prototipo do guarda-redes perfeito. Sereno, seguro, ágil e rápido o português era garantia de uma baliza bem guardada.

Vítor Baía estreou se na baliza do FC Porto em 1989 - tinha dezanove anos - e ao longo da sua carreira fez mais de 400 jogos de dragão ao peito, conquistando um total de 27 títulos oficiais - no total da sua carreira conquistou 33 títulos - que fazem dele um dos atletas com mais títulos conquistados no Mundo. Trocou o FC Porto pelo FC Barcelona em 1996 mas nunca conseguiu ser tão feliz na Catalunha como era na invicta, por isso mesmo, em 1999 regressou a casa para envergar a camisola 99, que ficou para sempre associada ao seu nome. Em 2004, ano em que conquistou a Liga dos Campeões Europeus, viu a sua qualidade premiada com o troféu de melhor guarda-redes da Europa. 

Vítor Baía foi o melhor guarda redes que vi jogar pelo FC Porto e pela selecção de Portugal e é, sem dúvida alguma, uma das grandes referências da história do FC Porto, do futebol português e do futebol Mundial.


PALMARÉS




26 Ligas Portuguesas + 4 Campeonatos de Portugal





16 Taças de Portugal





19 Supertaças de Portugal





2 Ligas dos Campeões





2 Ligas Europa





1 Supertaça Europeia




2 Taças Intercontinentais

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Fair Play





Volta à Europa







Na quarta jornada do campeonato alemão, o líder Bayern Munchen voltou a vencer - e convencer - desta vez na visita ao Schalke 04 por 0-2, com golos de Kroos e Muller. Pior sorte teve o campeão Borussia Dortmund que saiu derrotado do jogo com o Hamburger SV por 3-2 e vê a distância para os líderes aumentar para 5 pontos. Quem contínua a surpreender é o Eintracht Frankfurt, que desta vez foi vencer o FC Nurnberg por 1-2 e mantém-se na liderança em igualdade pontual com os bávaros. 


Destaque ainda para a primeira vitória do TSG Hoffenheim por 3-1 sobre o Hannover 96 de Sérgio Pinto - voltou a jogar 90 minutos. No outro jogo com portugueses, o VFL Wolfsburg empatou 1-1 na recepção ao Greuther Furth, com Vieirinha a entrar no jogo logo após o intervalo.

Bayern Munchen e Eintracht Frankfurt contínuam na liderança da Bundesliga com 12 pontos e a 5 pontos de distância dos adversários mais próximos. Na fundo da tabela segue o FC Augsburg, apenas com 1 ponto conquistado em quatro jornadas. 






Numa jornada em que apenas Athletic e Málaga empataram, o FC Barcelona voltou a ter dificuldades mas venceu na recepção ao Granada por 2-0, mantendo-se líder isolado com 15 pontos. O mesmo resultado fez o Real Madrid FC frente ao vizinho Rayo Vallecano, num jogo que devido a problemas eléctricos só se realizou 24 horas depois do previsto. Ainda na capital espanhola, o Atlético Madrid voltou a vencer, desta vez por 2-1 frente ao Valladolid e contínua firme na perseguição aos primeiros lugares.

Destaque ainda para mais uma derrota do Valência. Na deslocação a Palma de Mallorca, a equipa dos portugueses João Pereira - jogou os 90 minutos - e Ricardo Costa - suplente não utilizado - perdeu por 2-0 com a equipa local. Na Galiza os portugueses Pizzi, Bruno Gama, André Santos e Nélson Oliveira - os primeiros dois foram titulares e os últimos suplentes utilizados - não tiveram melhor sorte e foram derrotados em casa pelo Sevilla também por 0-2. Quem continua em grande na liga espanhola é Hélder Postiga que voltou a marcar, desta vez na vitória caseira do Zaragoza por 3-1 sobre o Osasuna. Também o Real Betis de Nélson e Salvador Agra - jogaram os 90 minutos - venceu em casa por 1-0 o Espanyol de Simão Sabrosa - foi titular no conjunto catalão - e continua num óptimo sexto lugar.

Ao fim de cinco jornadas, o FC Barcelona continua líder isolado com 15 pontos. Na perseguição ao líder Mallorca, Málaga e Sevilla seguem agora a 4 pontos de distância com 11 pontos cada um. Mais longe está o campeão Real Madrid que continua na sétima posição a 8 pontos do eterno rival de Barcelona. Nos últimos lugares da tabela seguem com apenas 1 ponto Osasuna e Espanyol, que ao fim de cinco jornadas apenas conseguiram um empate cada.. 






O Marseille continua 100% vitorioso e líder isolado da liga francesa. Neste fim de semana um golo de Amalfitano chegou para a equipa de Elie Baup vencer o Évian TG e conquistar o seu 16º ponto na competição, aproveitando o deslize do Lyon em Lille - empate 1-1 - para aumentar a sua vantagem para 4 pontos. 

O Paris SG parece ter entrado de vez no caminho das vitórias e, depois de golear o Dynamo Kyiv para a Champions League, desta vez foi a Bastia golear a equipa local por 0-4. O Sueco Ibrahimovic marcou mais dois golos e já está na liderança dos goleadores do campeonato. Destaque ainda para o empate a dois golos do Toulouse FC de Djaló - foi titular - na recepção ao Stade Rennais FC.

Ao fim de seis jornadas o Marseille continua isolado no primeiro lugar com 18 pontos, resultantes de 6 vitórias. No segundo lugar segue o Lyon, que depois da escorregadela desta jornada viu a diferença para o líder aumentar para 4 pontos. Quem continua a recuperar posições é o Paris SG que segue agora na terceira posição com 12 pontos. No último lugar continua o Troyes que até ao momento conquistou apenas 2 pontos.






A sexta jornada do campeonato holandês trouxe maior tranquilidade ao FC Twente na liderança. A equipa de Steve Mclaren venceu por 1-0 na recepção ao Heerenveen e aproveitou o empate caseiro do Vitesse - 1-1 na recepção ao Heracles Almelo - para aumentar a sua vantagem de 2 para 4 pontos.

Destaque ainda para Ajax e PSV que tiveram sortes diferentes na jornada. A equipa de Amesterdão empatou 1-1 na viajem a Den Haag, enquanto os homens de Eindhoven receberam e venceram por 3-0 o Feyenoord com mais uma grande exibição de Wijnaldum, que curiosamente foi formado na equipa de Roterdão.  

Com seis vitórias e 18 pontos o FC Twente segue isolado na liderança da liga, seguido pelo Vitesse que tem agora 14 pontos. Ajax e PSV ocupam a terceira e quarta posição respectivamente, com os mesmos 12 pontos. No fundo da tabela continua o frágil Zwolle que até ao momento conseguiu apenas 2 pontos.






Depois de um empate a zero na jornada anterior, o Chelsea FC voltou às vitórias e continua líder isolado da liga inglesa. A equipa de Di Matteo venceu o Stoke City por 1-0 com um golo marcado perto do final por Ashley Cole. Também o Tottenham de André Villas-Boas sofreu para vencer, mas acabou por conquistar a sua segunda vitória no campeonato - 2-1 frente ao QPR. 

Nos jogos grandes da jornada sorte diferente para os clubes de Manchester. O United de Alex Ferguson venceu por 1-2 - sem convencer - o Liverpool, num jogo em que os erros de arbitragem prejudicaram bastante a equipa da casa. Já o City de Mancini recebeu o Arsenal de Wenger e não foi além de um empate a 1 golo, perdendo terreno para o líder.

Destaque ainda para o West Ham do português Vaz Tê - foi titular - que empatou 1-1 em casa frente ao Sunderland. Os londrinos seguem assim num tranquilo 8º lugar. 

Ao fim de cinco jornadas o Chelsea FC continua líder com 13 pontos, seguido de perto pelo Manchester United que contabiliza menos 1 ponto. Ainda nos lugares de acesso à Champions League estão Everton e West Bromwich com 10 pontos cada. No fundo da tabela continua o Reading com apenas 1 ponto. Destaque para a péssima classificação do Liverpool que é, neste momento, 18º classificado com apenas 2 pontos conquistados. 






A Juventus continua imparável na liga italiana e desta vez voltou a somar três pontos, num jogo em que venceu o Chievo por 2-0. De mal a pior vão as equipas de Milão que voltaram a perder pontos. O FC Internazionale perdeu por 0-2 em casa na recepção ao último classificado Siena, do defesa português Neto. Já o AC Milan voltou a perder - segunda derrota consecutiva -, desta vez fora de casa por 2-1, na visita à Udinese. 

Destaque ainda para a derrota caseira da Lázio por 0-1 na recepção ao Génova e para o empate a zero do Napoli na visita a Catania. Dois resultados que deixam a "Vecchia Signora" ainda mais líder. 

Ao fim de quatro jornadas a Juventus é líder isolada da liga italiana com 12 pontos. Na perseguição ao líder seguem Nápoles e Lázio com 10 e 9 pontos respectivamente. No fundo da tabela continua o Siena com 1 ponto negativo. Um pouco acima Palermo e Pescara têm 1 ponto cada.






À passagem da quarta jornada da liga, o FC Porto chega a líder isolado. O campeão nacional goleou por 4-0 o SC Beira-Mar num jogo em que jogou desfalcado de vários titulares e, aproveitou o deslize do SL Benfica em Coimbra frente ao estudantes - empate a 2 golos -, num jogo recheado de polémica, para se isolar no primeiro lugar. 

Esta quarta jornada fica também marcada pela primeira vitória do Sporting CP. Os leões receberam e venceram o Gil Vicente por 2-1 num jogo em que as dificuldades foram muitas. Em Braga a equipa de José Peseiro regressou às vitórias com uma goleada sobre o Rio Ave FC - 4-1 foi o resultado final - no jogo que estreou Éder como goleador dos minhotos - o internacional português bisou. 

Destaques ainda para a primeira vitória do Estoril Praia, Vitória FC e Vitória SC. A equipa da Linha recebeu e venceu por 3-1 o SC Marítimo de Pedro Martins. O Vitória FC recebeu e venceu o SC Olhanense de Sérgio Conceição por 1-0 e o Vitória SC venceu no confronto com os vizinhos do Moreirense FC por 1-0.

No jogo com mais golos da jornada, CD Nacional e FC Paços de Ferreira empataram 3-3, num jogo em que a equipa de Paulo Fonseca esteve sempre a perder, mas conseguiu dar a volta com dois golos nos últimos 5 minutos. O FC Paços de Ferreira segue assim num surpreendente 4º lugar.

Ao fim de quatro jornadas, o campeão nacional liderado por Vítor Pereira já é líder isolado do campeonato com 10 pontos. No segundo lugar segue o SL Benfica de Jorge Jesus com 8 pontos conquistados. Nos últimos lugares continuam SC Beira-Mar e CD Nacional que ainda não venceram qualquer jogo e conquistaram apenas 2 pontos cada.

Liga Suor & Cerveja: Classificação




Após a primeira jornada da Champions League 2012/2013, a classificação da Liga Suor & Cerveja é a seguinte:

1- Atl. de Categoria (77 pontos)
2- UFCP (70 pontos)
3- BOSS AC (66 pontos)
4- VFGP-2012 (66 pontos)
5- travelling (63 pontos)
6- Oblivion SC (62 pontos)
7- Amazing Team (61 pontos)
8- frdigital (60 pontos)
9- Dragonildos (59 pontos)
10- Eagles of Fire (58 pontos)


Nota: Tendo em conta as inúmeras inscrições na liga publicarei, por uma questão prática,  apenas os 10 primeiros classificados. Todas as semanas actualizarei a classificação aqui no blog.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Empate em Pampilhosa



FC PAMPILHOSA vs CD CINFÃES (2-2)



Na segunda jornada do campeonato nacional da segunda divisão zona centro, o CD Cinfães empatou em Pampilhosa a dois golos, num jogo em que esteve a vencer até bem perto do fim. 


Os cinfanenses bem cedo se viram em situação de desvantagem com o golo da equipa da casa, marcado por Ivan logo aos 9 minutos de jogo. Apesar da contrariedade, a equipa de Flávio das Neves soube responder e empatar a partida ainda na primeira parte por intermédio de Diogo Torres aos 37 minutos de jogo. 

Na segunda parte a turma cinfanense voltou à carga e chegou mesmo à vantagem a pouco mais de 20 minutos do final da partida, num golo obtido pelo brasileiro Wilsinho. Os atletas da casa apenas conseguiram o empate através da marcação de uma grande penalidade aos 87 minutos. Bebé foi o homem que "roubou" dois pontos ao CD Cinfães, oferecendo um ao FC Pampilhosa.

Após a segunda jornada, o CD Cinfães segue no quarto lugar com 4 pontos, a apenas 2 do líder Coimbrões. Na próxima jornada os cinfanenses recebem no Municipal Cerveira Pinto o Benfica Castelo Branco que neste momento é quinto classificado, em igualdade pontual com o CD Cinfães.    

Até que enfim



SPORTING CP vs GIL VICENTE FC (2-1)


Finalmente uma vitória. Num jogo a contar para a a quarta jornada do campeonato nacional de futebol, o Sporting CP conquistou uma vitória de raiva, arrancada a ferros já bem perto do apito final, sobre um Gil Vicente FC que apenas soube defender. Sá Pinto consegue assim a sua primeira vitória, num jogo em que apenas os leões tentaram vencer. Justíssimo triunfo dos homens de Alvalade.

O Sporting CP, que começou o jogo transfigurado tacticamente - trocando o 4-3-3 pelo 4-4-2 -, entrou em campo a todo o gás à procura de resolver bem rápido o jogo e evitar as surpresas desagradáveis que tem tido nas últimas semanas. Capel e Pranjic estiveram bem perto de marcar e oferecer a vantagem aos leões, mas o desperdício da turma de Sá Pinto mantinha o jogo empatado a zero e um enorme erro defensivo partilhado por Xandão e Cédric - esteve uns furos abaixo do que nos habituou - permitiu aos homens de Barcelos inaugurar o marcador sem que, verdade seja dita, tivessem feito alguma coisa por isso. Velhos fantasmas entraram novamente em Alvalade e a intranquilidade voltou a tomar conta dos jogadores leoninos que começaram a jogar sem cabeça, a falhar passes, a perder o sentido das movimentações e, em desespero, a rematar de qualquer forma e sem qualquer nexo. Os leões necessitavam de ser "abanados" pelo seu treinador. 

Com a equipa da casa em desvantagem ao intervalo, Sá Pinto tinha muito para falar no balneário e via-se obrigado a apostar todas as suas fichas nos segundos 45 minutos. Foi precisamente o que aconteceu. O Sporting CP voltou a entrar em campo com vontade de dar a volta a tanto azar e o treinador leonino não tardou a colocar mais um avançado em campo - Carrillo, que surpreendentemente começou o jogo no banco - e a jogar apenas com três defesas. O Sporting CP atacava com tudo e abria espaços no meio campo que podiam ter sido a "morte do artista" não fosse a equipa de Paulo Alves ter tão pouca capacidade - ou mesmo nenhuma - para atacar. O Sporting CP crescia, levava pânico à defensiva do Gil Vicente FC, criava oportunidades, mas no fim insistia em não aproveitar. Por sua vez, os homens de Barcelos recuavam cada vez mais tentando segurar uma preciosa mas injusta vantagem a todo o custo.

À entrada para os últimos quinze minutos de jogo, os adeptos do Sporting CP já se preparavam para o pior e apenas Sá Pinto - incansável a motivar os seus jogadores a partir do banco - parecia acreditar num reviravolta. O estádio tornava-se cada vez mais silencioso e o ambiente cada vez mais pesado, até que de repente, num cruzamento igual a muitos outros que o Sporting CP tinha desaproveitado, o espanhol Capel conseguiu empatar a partida. O estádio voltou a acordar, a equipa voltou a acreditar, Sá Pinto continuou a incentivar e o Sporting CP partiu para cima dos gilistas com um sufocante caudal ofensivo que pareceu incomodar os homens de Paulo Alves. Que o diga o guarda-redes Adriano, que a cinco minutos do final da partida comete o tremendo erro de sair da baliza de forma completamente desgovernada - atropelando o seu colega de equipa - para tentar responder a um cruzamento do lateral Cédric. Aproveitou o holandês Wofswinkel, que foi capaz de uma melhor leitura do lance e com facilidade fez o 2-1 com que o jogo viria a terminar. 

Resultado mais do que justo do Sporting CP que foi a única equipa com capacidade para atacar e tentar vencer. O Gil Vicente FC limitou-se a defender e quando se apanhou - sem saber bem como - a vencer nunca mais tentou incomodar Rui Patrício. A equipa de Sá Pinto merecia vencer o jogo e mostrou uma enorme "alma" e capacidade de sofrimento para o conseguir. Prémio justo para os atletas e para o treinador depois de uma semana que foi, no mínimo, complicada.  

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Golo da semana


Jackson Martinez - FC Porto



Apesar de eleger o golo de Jackson Martinez como o melhor da semana, foi-me impossível ficar indiferente a este momento:

Xistralhada



ACADÉMICA COIMBRA vs SL BENFICA (2-2)


Por muita qualidade que o futebol português possa ter, há sempre personagens que destoam e fazem questão de ser figuras maiores de um espectáculo que na verdade não é - pelo menos não deveria ser - o seu. É por isso, que quando leio numa ficha de jogo os nomes de Bruno Paixão ou Carlos Xistra - para lembrar apenas aqueles que para mim são os dois piores - tenho o pressentimento de que alguma coisa não vai correr bem. Infelizmente, é muito raro estar enganado e hoje isso voltou a acontecer. Carlos Xistra voltou a ser figura maior num jogo que tinha tudo para ser emocionante e bem disputado, mas que teve e infelicidade de o ter a ele como juiz. A conclusão a que chego é sempre a mesma: este senhor é um árbitro horrível.

Quem viu os primeiros minutos do jogo de Coimbra, esperava um passeio encarnado em terra de estudantes, mas a falta de eficácia dos atacantes da luz tratou de adiar um golo que parecia certo e que acabou por demorar muito tempo - talvez demais - a chegar. A entrada da equipa de Jorge Jesus foi muito forte, com pressão alta, mobilidade, velocidade dos alas e muita qualidade técnica. O SL Benfica poderia ter chegado aos primeiros 10 minutos de jogo a vencer já por uma diferença de golos bastante elevada, mas os postes, o guarda-redes Ricardo ou a falta de inspiração dos atletas encarnados fizeram questão de manter o jogo empatado a zero e alimentar anímicamente a equipa de Pedro Emanuel. A Académica de Coimbra foi-se organizando, segurando a bola, enervando os lisboetas e na única vez que chegou à baliza do SL Benfica conseguiu mesmo o golo e a vantagem, num lance de grande penalidade que deixa algumas dúvidas - fica-me a ideia que a falta é fora da grande área. O SL Benfica acusou o golo e, verdade seja dita, só voltou a incomodar o guarda-redes Ricardo bem perto do intervalo.

A segunda parte do jogo voltou a mostrar um SL Benfica muito forte ofensivamente, a criar muitas oportunidades e, desta vez, a chegar ao golo bem cedo num lance de penalti a castigar mão na bola de Rodrigo Galo, que acabou mesmo expulso com vermelho directo. Com uma unidade a menos o jogo parecia complicar-se para a equipa da casa que perdia a vantagem e um jogador no mesmo minuto. A verdade é que a Académica de Coimbra não baixou os braços e soube levantar a cabeça, organizar-se defensivamente, dar a condução de jogo ao SL Benfica e aproveitar os contra ataques para criar perigo junto da baliza de Artur. É precisamente num desses momentos que volta a chegar à vantagem, em mais um lance de penalti, que ao contrário do primeiro não deixou qualquer dúvida, pura e simplesmente porque não existiu penalti nenhum. Hélder Cabral inventou o lance e Carlos Xistra inventou o penalti que devolveu a vantagem aos estudantes. O SL Benfica passava agora a ter 20 minutos para fazer aquilo que não estava a conseguir fazer há 70, ou seja, dar a volta a uma Académica defensivamente muito bem organizada. 

Os últimos 20 minutos da partida foram de sentido único. O SL Benfica partiu para cima da equipa de Coimbra na tentativa de chegar o mais rápido possível ao golo do empate. A jogar com um homem a mais, a equipa de Jorge Jesus conseguia colocar com facilidade dois jogadores bem abertos nas alas para tentar desequilibrar a defensiva contrária. Sálvio, que já havia inventado o lance do primeiro golo, continuou a dar que fazer ao defesas de Pedro Emanuel, mas quando chegava a hora da verdade, os postes, um defesa, o guarda redes ou a falta de pontaria dos avançados faziam questão de manter tudo na mesma e foi apenas à bomba que o SL Benfica conseguiu empatar - primeiro golo de Lima com a camisola encarnada - já demasiado perto do minuto 90. Os encarnados ainda tentaram até ao fim chegar à vitória, mas nesta fase a equipa de Coimbra foi heróica na forma como defendeu o seu "pontinho" e os jogadores de Jorge Jesus já não tinham capacidade - física e psicológica - para mais.  

O árbitro Carlos Xistra, que acumulou erros atrás de erros durante toda a partida, teve influência directa num resultado que acaba por ser injusto para o SL Benfica. No final, os encarnados acabam penalizados por uma péssima arbitragem do juiz da Covilhã e pela enorme falta de eficácia que os seus avançados apresentaram durante quase todo o jogo.


domingo, 23 de setembro de 2012

Goleada à minhota



SC BRAGA vs RIO AVE FC (4-1)


Depois de uma terrível estreia nas competições europeias, o SC Braga não poderia desejar melhor jogo para fazer as pazes com a sorte, com os resultados e, acima de tudo, com os seus próprios adeptos. O jogo em casa com o Rio Ave FC foi demasiado fácil e saboroso o suficiente para fazer os sorrisos bracarenses abrirem nas bancadas. A equipa de Peseiro entrou em campo debaixo do olhar desconfiado dos adeptos, mas saiu debaixo de aplausos e elogios.

Depois daquilo que tinha sido o filme do jogo com o Cluj - de terror obviamente - pedia-se ao SC Braga uma entrada forte no jogo e um ataque bem mais eficaz do que a meio da semana. Na verdade, nos primeiros 45 minutos nada disso aconteceu e a primeira parte foi mesmo um jogo feio, mal disputado e com poucos motivos de interesse. O SC Braga não era capaz de ligar as suas jogadas e o Rio Ave FC nem sequer parecia ter interesse em atacar. Quando assim é, resta pedir com todas as forças a chegada do intervalo com a maior brevidade possível. O golo de Éder, que se estreou a marcar na liga, foi mesmo o único momento de qualidade no relvado do Axa durante os penosos 45 minutos do primeiro tempo.

Se a primeira parte foi fraca e parca em emoção, o intervalo mudou tudo. A equipa vila condense que nada tinha feito até então consegue chegar ao golo logo no reinicio - minuto 53 - por intermédio de Edimar, num monumental frango do guarda redes Beto. Com a segunda parte a começar e o jogo empatado, esperava-se um Rio Ave FC mais atrevido e um SC Braga a dar tudo por tudo para não voltar a desiludir. O jogo tinha tudo para melhorar.

A equipa de José Peseira não acusou o golo do adversário e mal deu tempo aos homens de Nuno Espírito Santo para festejar o empate, pois apenas dez minutos depois voltava a estar na frente do marcador com um golo de Rúben Amorim. O SC Braga ganhava mais força e confiança e o Rio Ave FC voltou a cair num futebol medíocre que apresentou durante toda a primeira parte. Desorganizou-se, desmoralizou e até aos 90 minutos limitou-se a lutar para não perder por muitos, não espantando por isso que o SC Braga voltasse ao golo aos 70 e aos 75 minutos por Éder e Custódio respectivamente. Nos últimos 15 minutos e a jogar com menos um jogador - Nivaldo foi expulso no lance de penalti que deu o quarto golo do SC Braga -, o Rio Ave FC apenas se livrou de maior humilhação porque José Peseiro fez a sua equipa "descansar" com a bola nos pés. O jogo estava ganho, as pazes com os adeptos estavam feitas e o SC Braga regressa às vitórias e aos lugares de pódio da liga portuguesa.


Show colombiano



 FC PORTO vs SC BEIRA-MAR (4-0)

Pouco tempo depois de Vítor Pereira ter alertado os seus jogadores para os perigos da  ressaca europeia - a época passada foi rica nesse fenómeno -, os jogadores do FC Porto acusaram o toque e fizeram questão de mostrar que o treinador português não tinha com que se preocupar. Os portistas dominaram do início ao fim, marcaram quatro golos e ainda tiveram tempo para brindar os quase 30.000 espectadores presentes no estádio com longos períodos de muito bom futebol.

Com James Rodriguez a orquestrar a partir da posição 10 que tanto reclamou, os dragões fizeram "gato sapato" da defesa aveirense desde o apito inicial do árbitro Manuel Mota. Durante largos minutos, o guarda redes Rui Rego foi adiando o inevitável golo do FC Porto, mas ao minuto 32, o colombiano Jackson Martinez decidiu redimir-se do incrível golo falhado a meio da semana e inaugurou o marcador num lance maravilhoso, que as palavras são curtas para descrever - ver aqui. Se até essa altura, o SC Beira-Mar ainda tentava dar um ar da sua graça com um ou outro contra ataque e com alguns lances de bola parada, a partir da obra de arte do avançado portista a presença amarela na área azul começou a ser cada vez mais rara. O FC Porto cresceu ainda mais e acabou com o jogo seis minutos depois por intermédio de Varela. A partir daqui deu para tudo. Foi possível jogar bonito, gerir o cansaço de um jogo europeu a meio da semana, dar minutos a jovens jogadores menos utilizados, chegar a expressivos 4-0 e abandonar o relvado debaixo de uma enorme salva de palmas. 

Se na primeira parte o "10" colombiano tinha desempenhado um papel fundamental no bom futebol da equipa portista - foram dele as assistências para os golos de Jackson e Varela -, na segunda parte a história não mudou e James Rodriguez fez questão de mostrar ao que vinha apenas dois minutos depois de a bola ter recomeçado a rolar no relvado do Dragão, marcando o terceiro golo da turma de Vítor Pereira. O resultado já tinha contornos de goleada e a exibição já enchia as medidas dos adeptos mais exigentes. Faltava apenas a entrada de Iturbe para que a loucura na bancada fosse total e, desta vez, até o "mini Messi" do dragão fez questão de entrar a todo o gás no jogo e marcar pontos nas escolhas do treinador portista. Pouco tempo depois, Maicon fechou a goleada em 4-0 e o FC Porto geriu o jogo e o esforço até ao apito final. Quanto ao SC Beira-Mar, basta dizer que Hélton fez a sua primeira e única defesa aos 69 minutos e isso diz tudo sobre a forma como Ulisses Morais montou a sua estratégia para enfentar os dragões.

No final, vitória justíssima do FC Porto, num jogo em que James Rodriguez foi, sem dúvida, o melhor em campo. Nota ainda para mais uma excelente exibição do belga Defour e para o golo de Jackson Martinez, um sério candidato a golo do ano. 

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Aviso



Devido a problemas informáticos o blog tem estado, nesta última semana, a funcionar a "meio gás"!  A partir de amanhã tudo voltará ao normal.

Desculpem alguma falha que tenha existido - ausência dos comentários e resultados da Europa League por exemplo. 

Fernando Resende