terça-feira, 2 de outubro de 2012

E agora?



SPORTING CP vs GD ESTORIL PRAIA (2-2)


Depois de uma vitória justa mas sofrida na última jornada, os adeptos leoninos esperavam o "renascer" da equipa de Sá Pinto. Tudo se alinhava para que o Sporting CP voltasse a vencer e reentrasse num campeonato que ainda não chegou à décima jornada e já está quase perdido. Os leões jogavam em casa e o adversário parecia ser suficientemente frágil. No final,  acabou por sair tudo ao contrário e, não fosse uma grande penalidade por assinalar a favor dos visitantes e uma expulsão absurda que deixou a equipa de Marco Silva a jogar meia hora com dez unidades - a tal meia hora em que Sá Pinto diz que o Sporting CP foi Sporting - e a desgraça teria sido bem maior.

O resultado final até pode fazer parecer que o jogo foi equilibrado e disputado mas, na verdade não o foi, pois os visitantes conseguiram ser sempre superiores e souberam, a partir da expulsão, manter a equipa unida e sofrer para levar de Alvalade o melhor resultado possível. Marco Silva trazia a lição bem estudada e mostrou-se um bom conhecedor da equipa de Sá Pinto e de todas as suas maleitas, montando uma equipa destinada a explorar todos os pontos fracos dos leões - que ainda são bastantes. Já Sá Pinto, voltou a apostar no mesmo sistema de jogo que apenas em desespero de causa resultou contra o Gil Vicente FC e deu-se mal - o que era previsível - até porque este GD Estoril Praia tem muito mais futebol do que os homens de Barcelos e, ao contrário destes, não se limita a defender.

A história do jogo conta-se em duas partes distintas, o antes e o depois do minuto 59, altura em que Gonçalo Santos foi expulso. Antes desse momento, o GD Estoril Praia, mesmo concedendo um determinado domínio ao Sporting CP, controlou as operações, mostrou-se seguro e inteligente na forma como defendeu e abordou os seus ataques. Foi por isso que, sem surpresa para quem assistia, o jogo chegou ao 0-2 - golos de Steven Vitória e Luís Leal - e encaminhava-se para uma vitória justa do GD Estoril Praia em casa de uma das equipas que à partida seria candidata ao título.

Depois do minuto 59, o árbitro Nuno Almeida mudou o jogo por completo e Marco Silva percebeu que os seus jogadores teriam de defender e saber sofrer durante meia hora. O GD Estoril Praia entregou o jogo ao Sporting CP e uniu forças no sentido de não sofrer golos, mas 30 minutos a jogar com menos um jogador em casa de uma equipa que tem outro tipo de opções e individualidades era demasiado para os visitantes. Nesta fase o Sporting CP teve o mérito de sufocar o adversário e levá-lo à exaustão, o que aumentava a sua probabilidade de chegar ao golo. A equipa de Sá Pinto conseguiu mesmo marcar por duas vezes e, no meio de tamanha avalanche ofensiva, o máximo que os visitantes conseguiram foi não perder.

O GD Estoril Praia foi sempre mais equipa e criou mais e melhores oportunidades - excepção feita ao período pós-expulsão - pelo que sai penalizado com o resultado e bem se pode queixar de Nuno Almeida, que conseguiu fazer o que Sá Pinto não estava a conseguir, ou seja, virou o jogo a favor dos leões. 

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