domingo, 7 de outubro de 2012

Ritmo de Cha Cha Cha



FC PORTO vs SPORTING CP (2-0)


No primeiro clássico da temporada, FC Porto e SC Portugal apresentavam-se no Dragão com estados de espírito bem diferentes. Depois de uma semana europeia perfeita, em que a equipa de Vítor Pereira venceu o novo rico francês PSG e presenteou os adeptos com uma exibição de alto nível, todos esperavam um FC Porto muito forte e a tentar mostrar que não tem rotação, ambição e vontade para correr apenas nas competições europeias. Já os homens de Alvalade, vinham de um jornada europeia que se traduziu numa autêntica humilhação. Ainda sob o comando de Sá Pinto o Sporting CP foi derrotado de forma incrível pelos húngaros do Videoton e recebido pelos seus adeptos, na chegada a Portugal, com assobios e insultos. Entretanto Sá Pinto saiu e uma nova vida estará para começar em Alvalade. 

Desde o apito inicial do árbitro Jorge Sousa, se percebeu que a equipa de Vítor Pereira entrou muito forte - à imagem do jogo da Champions League -, criando inúmeras oportunidades de golo logo nos primeiros minutos, culminando na obra de arte de Jackson Martinez - mais uma -, que aos 10 minutos de jogo deu vantagem à equipa da casa. O FC Porto começava o jogo da melhor forma, a vencer. A estratégia de Oceano Cruz, fosse ela qual fosse, caía por terra neste momento. Os leões entregavam-se ao jogo com imensa vontade e a raça que os caracteriza, mas não eram capazes de sair a jogar a melhor forma e muito menos de criar perigo para a baliza de Hélton. Com a vantagem no marcador e um adversário que não incomodava ofensivamente, o FC Porto abrandou o ritmo de jogo e deixou-o correr até ao intervalo sem qualquer sobressalto  O 1-0 era um resultado justo que premiava uma excelente entrada em jogo dos campeões nacionais. 

Na segunda parte, a equipa do Sporting CP entrou em campo com maior concentração e o seu jogo melhorou bastante. Os leões conseguiram equilibrar o jogo no meio campo, mas o seu ataque continuava a ser um elo demasiado fraco e, por isso, o máximo que a equipa de Oceano conseguia era evitar as oportunidades de golo dos dragões. Nesta fase, o FC Porto até podia ter marcado o 2-0, na transformação de uma grande penalidade mal assinalada por Jorge Sousa. Lucho Gonzalez escreveu direito por linhas tortas e disparou com estrondo ao poste. Falhada a oportunidade de ampliar a vantagem, Vítor Pereira percebeu a necessidade de dar velocidade à sua equipa e fez entrar o irreverente Atsu para o lugar de Varela. O Ganês mudou o jogo ofensivo do campeão nacional e o Sporting CP voltou a ter dificuldades em segurar o ataque portista. Se o trio ofensivo do FC Porto criava inúmeras dificuldades à defesa dos leões, a expulsão - justa - do argentino Rojo por falta grosseira sobre James veio complicar definitivamente a estratégia o treinador leonino. Curiosamente foi nesta altura do jogo que o Sporting CP criou a sua grande oportunidade de golo, num livre muito bem marcado por Pranjic e superiormente defendido pelo brasileiro Hélton, que assim segurou a vantagem da sua equipa. Apenas 2 minutos depois e já com o FC Porto também reduzido a dez jogadores - Alex Sandro saiu lesionado - James Rodriguez faz o 2-0 na marcação de uma grande penalidade - esta bem assinalada por falta sobre Jackson Martinez - e mata o jogo definitivamente. 

No final, vitória justa para o FC Porto que foi a equipa mais forte e mais perigosa ao longo dos 90 minutos de jogo, como aliás as estatísticas do jogo facilmente comprovam. Com esta vitória o FC Porto volta a alcançar o 1º lugar - em igualdade pontual com o SL Benfica -, enquanto o SC Portugal, que em breve conhecerá novo treinador, cai para o 11º lugar a 8 pontos da liderança e a apenas 1 ponto da linha de água. Nota ainda para um "reaparecido" Luís Duque, que no final do encontro fez questão de mostrar toda a sua revolta contra a arbitragem. Esta atitude mostra - na minha opinião - a total desorganização em que está mergulhado o SC Portugal. Não está em causa a razão - ou falta dela - dos leões em relação à arbitragem, mas tendo em conta a época que se vive em Alvalade e as inúmeras vezes em que Luís Duque deveria ter dado a cara pelo clube - em defesa do Sporting CP e dos seus funcionários - e preferiu permanecer escondido, parece-me uma falta de "timing" no mínimo gritante aparecer agora, quando a casa verde e branca já está toda a arder . 

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