terça-feira, 16 de outubro de 2012

Miserável



PORTUGAL vs IRLANDA DO NORTE (1-1)

Portugal já tinha conseguido a enorme proeza de estar 30 minutos a perder com o Luxemburgo, mas desta vez foi ainda mais longe e conseguiu estar 80 minutos - isso mesmo, 80 minutos - a perder com a Irlanda do Norte em pleno Estádio do Dragão. Valeu um golo tardio de Hélder Postiga - que até ao golo tinha sido uma nulidade - para evitar uma desgraça ainda maior do que aquela a que os portugueses tiveram que assistir.

Verdade seja dita que as escolhas de Paulo Bento, assim como as suas birras para com determinados jogadores nunca me convenceram e cada vez mais me parece que a teimosia do seleccionador português já ultrapassou há muito a barreira da estupidez e pode vir a ter -  a continuar assim terá - consequências desportivas bastante graves para a selecção de Portugal. Não se percebe o porquê de alguns jogadores não fazerem parte de um lote de escolhidos onde estão assiduamente outros mais fracos e/ou em pior forma. Não se percebe o porquê da insistência num avançado que em mais de 80% dos jogos é uma nulidade. Não se percebe a insistência num lateral direito que não consegue fazer um jogo positivo. Não se percebe a insistência num Bruno Alves cada vez mais lento e displicente. Mas pior que tudo isso, não se percebe a chamada de 3 laterais direitos (João Pereira, Miguel Lopes e Nélson) e a inexistência de um lateral esquerdo - ainda para mais quando há um Eliseu em grande forma. Não se percebem os critérios de escolha do seleccionador. No fundo, não se percebe - pelo menos eu não percebo - nada do que Paulo Bento quer fazer desta selecção.

É certo que Portugal foi superior à Irlanda do Norte - também era só o que faltava -, mas não é menos verdade que, ainda assim, fez um jogo miserável, sem ideias, sem velocidade, sem organização, sem vontade e sem paixão, tentando-se refugiar, uma vez mais, no génio do seu capitão. É preciso perceber de uma vez por todas que não basta ter Cristiano Ronaldo para ganhar, pois por muito bom que o madeirense seja - e é um dos dois melhores do mundo - continua a ser humano e não pode sozinho levar a "nação inteira" às costas. 

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