Muito se falou em campeonato inglês, muito se falou numa suposta renovação (que sempre pareceu impossível), muito se falou em campeonato russo mas, na verdade, Vítor Pereira (e toda a sua equipa técnica) ruma à Arábia Saudita para liderar o Al-Ahli a troco de um principesco salário.
Desportivamente gostava de ver o treinador bi-campeão nacional numa liga diferente, mais competitiva, mais valiosa e mais interessante. Gostava de ver Vítor Pereira provar (ou pelo menos tentar) o seu valor noutras paragens e sem a pressão e o olhar desconfiado que cedo ganhou em Portugal e do qual nunca se conseguiu livrar, nem mesmo depois de vencer por duas vezes a nossa liga (com apenas uma derrota no total). Gostava de perceber se Vítor Pereira era capaz de crescer fora de Portugal e chegar a uma equipa de grande estofo para, como o próprio disse, tentar um dia vencer a Champions League. Infelizmente nada disso vai acontecer!
O espinhense parte para uma aventura em paragens estranhas, para se dedicar a um futebol habitualmente pobre e a uma liga que não terá muito para lhe dar e muito menos para o melhorar. Em contrapartida, assina um contrato milionário num valor quase dez vezes acima do que auferia no FC Porto. Três milhões de euros por ano são sempre três milhões de euros por ano e percebe-se que no mundo do futebol (assim como em todos os outros) por vezes o dinheiro faz com que seja fácil colocar as aspirações e os sonhos de lado por algum tempo.
Se esta aposta foi um passo atrás na carreira de Vítor Pereira ou não só o futuro o dirá, mas uma coisa é certa: na vida há objectivos e sonhos que nem o dinheiro pode comprar!
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