Foi com enorme satisfação que, quando a Europa inteira esperava ouvir o nome de Messi ou Ronaldo, ouvi o presidente da UEFA dizer Andrés Iniesta.
Depois de muitos anos a brilhar nas maiores montras do futebol europeu, era justo que aquele que foi sempre o melhor jogador do FC Barcelona - a par de Messi - e o grande maestro da selecção espanhola que venceu dois europeus e um mundial seguidos, vencesse uma distinção individual. Atrevo-me mesmo a dizer que, afinal, ainda há justiça no futebol.
Sei que é maravilhoso ver Ronaldo e Messi brilhar e bater recordes semana após semana, mas perdoem-me a heresia os acérrimos defensores do português e do argentino, não é menos maravilhoso ver a perfeição e a precisão com que o pequeno espanhol encara cada minuto e cada lance do jogo.
Andrés Iniesta é, possívelmente, o jogador mais inteligente que alguma vez vi jogar. Para além disso, é um jogador fortíssimo tanto técnica, como tacticamente. Um jogador que comanda a sua equipa, que coordena na perfeição os movimentos dos seus companheiros, que ataca e defende com a mesma qualidade, que desequilibra quando parte no um para um, que gere o tempo de jogo e o esforço físico com enorme precisão e que descobre espaços onde mais ninguém os conseguiria ver.
Ao contrário das muitas vozes que se apressaram a considerar injusta esta distinção, eu aplaudo de pé a entrega do troféu a um jogador desta dimensão.
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