segunda-feira, 4 de março de 2013

Clássico(zinho)



SPORTING CP vs FC PORTO (0-0)

O FC Porto vs Sporting CP que se jogou no fim de semana não passou de um "clássicozinho", um jogo quase banal e sem grandes motivos de interesse, onde nenhuma das duas equipas fez por merecer a vitória ou por dignificar a qualidade do futebol português.

Sem João Moutinho - baixa de última hora - o FC Porto entrou em Alvalade da mesma forma que entrou em muitos dos jogos da presente temporada, ou seja, a uma velocidade de tal forma reduzida que chega a dar sono ao mais ferrenho adepto de futebol. Com uma posse de bola que teve tanto de notável como de inútil - jogando para o lado e para trás - a equipa de Vítor Pereira - não se percebe a ideia de "colar" Defour a Fernando - não só se adormeceu a si própria no jogo como manteve o Sporting CP instalado na sua zona de conforto - atrás do meio campo -, explorando o pontapé para a frente onde Wolfswinkel se envolvia numa luta desigual com os centrais portistas. Se o FC Porto tinha tudo para conquistar uma grande vitória e dar um passo importantíssimo rumo ao tri-campeonato - não são muitos as oportunidades de defrontar um Sporting CP de tão pouca qualidade -, a verdade é que deu uma enorme sapatada nas suas aspirações - apesar de depender apenas de si - e mais ainda, praticou um futebol de tão baixo nível que deixou os seus adeptos à beira de um ataque de nervos. Se João Moutinho e Mangala já seriam baixas de vulto, um varela limitado a duas velocidades - lento e parado - um Jackson estranhamente apático e longe do jogo, um Alex Sandro apagado e um Lucho sozinho a tentar segurar o meio campo, são ingredientes mais do que suficientes para um jogo de sofrimento que acabou com um resultado negativo. Não poderia ser de outra forma. Ao dragão faltou garra e atitude!

Por seu lado, o Sporting CP fez o jogo que se esperava, mantendo a sua equipa sempre atrás da linha da bola e defendendo da forma como podia, lançando de quando em vez a corrida desenfreada mas inconsequente de Wolfwinkel que sozinho no meio de dois centrais portistas não desistia de tentar fazer a diferença. Se de um lado não havia consequência do outro não havia sequer fio de jogo e não fossem as falhas de atenção dos defesas portistas a permitir as melhores chances de golo aos da casa e certamente eu teria mesmo adormecido. No meio de tudo isto, nota positiva para Jesualdo ferreira que percebeu e bem as limitações do futebol portista sem João Moutinho e fez questão de encostar o "matulão" Dier ao único construtor portista -Lucho Gonzalez - limitando e muito as suas acções. O argentino ainda deu trabalho e manteve o meio campo da sua equipa vivo mas, verdade seja dita, com 32 anos a sua força já não pode durar 90 minutos.

No final fica o registo de um clássico do mais fraco que se viu nos últimos anos, entre duas equipas que, apesar de tudo, podiam e deviam fazer muito mais!


Destaques:

Dier: O jogador inglês foi surpresa no meio campo leonino mas cedo mostrou que era o homem certo para a tarefa. Soube segurar e limitar as acções de Lucho Gonzalez e, pese embora, o argentino tenha sido o melhor dos azuis e brancos, só não foi mais perigoso porque Dier não permitiu.

Patrício: Depois da noite infeliz no Estoril e da reprimenda do treinador, o guarda redes leonino mostrou que podem e devem contar com ele. Esteve sempre atento e seguro na baliza, matando toda e qualquer oportunidade de golo portista.

Lucho Gonzalez: O capitão argentino foi a alma e o coração da equipa portista. Foi ele que segurou o meio campo, que pressionou as saídas dos leões e que tentou levar com sucesso a bola para o ataque. Esteve sempre bem marcado pelo inglês Dier mas a sua classe acabou por vir ao de cima. Infelizmente já não dura 90 minutos em ritmo elevado e a sua equipa sentiu essa quebra.

Hélton: O guarda redes brasileiro acabou por ter mais trabalho do que estava a espera mas mostrou-se sempre rápido, eficaz e seguro. Salvou o FC Porto de um amargo de boca maior por duas vezes, negando o golo a Wolfswinkel.

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